sábado, 25 de dezembro de 2010

domingo, 5 de dezembro de 2010

Jogral: O nome de Jesus

Encontrei esse jogral muito legal que pode ser declamado na festa de Natal pelas crianças.

O nome de Jesus
Todos - Muito antes do Messias
             À terra vir habitar
             Seu Pai procurou com amor
            Um lindo nome lhe dar.

Criança 1 - Seu nome será Maravilhoso,
                   Porque maravilhas ele fará,
                   Fará prodígios e curas,
                  Até mortos ressuscitará.

Criança 2 - Seu nome será Conselheiro
                   Porque conselhos dará,
                  Através de sermões e parábolas
                  Que ao povo pregará.

Criança 3 - Seu nome será Deus Forte
                    Pois a tudo vencerá
                   Vencerá até a morte,
                   Porque ressuscitará.

Criança 4 - Seu nome será Príncipe da Paz
                   Porque a paz pregará.
                   E quem for pacificador
                   Bem-aventurado será.

Criança 5 - Seu nome será Pai da Eternidade
                   Porque eterno ele é.
                   Ele estava no princípio com Deus
                   Reconciliando o mundo através da fé.

Criança 6 - Seu nome será Emanuel,
                   "Deus Conosco" - quer dizer.
                    Quem o buscar de coração
                    Ele pode socorrer.

Criança 7 - Seu nome será Cristo
                   Porque será sofredor,
                   Será ferido, humilhado
                   E pregado numa cruz de horror.

Todos - JESUS - é o mais belo nome
             Acima de todos está.
            "Que Jesus Cristo é o Senhor!"
             Toda língua confessará.

Lucas 2. 8-20 (Nova Tradução na Linguagem de Hoje)

Jogral: Feliz Natal

Personagens: 10 crianças, de preferência do mesmo tamanho, para que a saudação "FELIZ NATAL" fique no mesmo plano. Devem estar Vestidas de branco, preto ou verde.

Material: Escrever em papel cartaõ vermelho ou outra cor que se destaque das roupas das crianças, as letras da expressão ""FELIZ NATAL". As letras devem ser bem grandes e bonitas. Depopis, é só recortar as letras. 

OBS: As crianças entrarão na ordem FELIZ NATAL, uma de cada vez sem que haja interrupção. De tal maneira que, quando a primeira terminar de falar, a segunda possa continuar. E assim em diante. Poderá haver um fundo musical.

F - Felizmente veio o dia de alegria, paz e luz,
     em que a gente comemora o doce Natal de Jesus.

E - Esperança para o mundo, cantam anjos no Natal,
      recordando o amor profundo que afasta todo o mal.

L - Lindo dia de Natal em que Jesus nasceu,
      para me livrar do mal e todos os amigos seus.

I - Irmão de todos nós, nasceu Jesus menino:
     Numa humilde na manjedoura, pequeno e pobrezinho.

Z - Z, que letrinha difícil, quase que me atrapalhou,
     mas ela escreve feliz e feliz é o que eu sou.


N - Natal, festa de amor, faz a gente dar as mãos:
      porque o bom Jesus nasceu, todos nós somos irmãos.

A - Aleluia! Jesus veio para salvar toda a gente.
     É por isso que cantamos assim tão alegremente.

T - Tudo é paz, tudo é amor e poesia,
      Em Belém Jesus nasceu, Ele é nossa alegria!

A - Aleluia! Deus nos ama de maneira sem igual:
      tanto que, Jesus nasceu numa noite de Natal!

L - Linda oportunidade para uma saudação:
     Feliz Natal e alegria é o que lhe desejamos de todo o coração!

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Atividades: caça-palavras

Nessa atividades, os alunos poderão utilizar seus conhecimentos prévios sobre a língua portuguesa para encontrar as palavras solicitadas, ordenar as informações em ordem alfabética e produzir um pequeno texto. Serve  para alunos do 1º e do 2º ano. 

Fonte: http://professorajanainaspolidorio.wordpress.com/ 

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Atividades: Segmentação das palavras

Navegando pela Net, encontrei estas atividades sobre segmentação das palavras no texto no Blog da profa. Janaína Spolidório. São atividades indicadas para o I ciclo do Ensino Fundamental.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

O valor de um educador


Ninguém nega o valor da educação e que um bom professor é imprescindível. Mas, ainda que desejem bons professores para seus filhos, poucos pais desejam que seus filhos sejam professores. Isso nos mostra o reconhecimento que o trabalho de educar é duro, difícil e necessário, mas que permitimos que esses profissionais continuem sendo desvalorizados. Apesar de mal remunerados, com baixo prestígio social e responsabilizados pelo fracasso da educação, grande parte resiste e continua apaixonada pelo seu trabalho.

A data é um convite para que todos, pais, alunos, sociedade, repensemos nossos papéis e nossas atitudes, pois com elas demonstramos o compromisso com a educação que queremos. Aos professores, fica o convite para que não descuidem de sua missão de educar, nem desanimem diante dos desafios, nem deixem de educar as pessoas para serem “águias” e não apenas “galinhas”. Pois, se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda.
(Paulo Freire).

sábado, 25 de setembro de 2010

A Matinta do Acampamento

-Fifififiuuuuu...
-É ela, a Matinta Perera...!
-Olha, Matinta, deixa a gente descansar e amanhã podes passar aqui para pegar tabaco.
No dia seguinte uma velha aparece na residência onde a promessa foi feita, a fim de apanhar o fumo.
A cena descrita podia acontecer nos subúrbios de Belém, há alguns anos, ou ainda hoje, no interior do Pará e de toda a amazônia.
Mas .. quem ou o que é a Matinta perera?
Matinta Perera ou Mat-taperê é personagem mitológico por demais conhecido no interior da Amazônia. Todos já ouviram falar do misterioso pássaro que dá assobios assemelhados ao seu nome, sempre à noite, e só para quando alguém lhe promete tabaco. E no dia seguinte, pela manhã, aparece uma velhota solicitando o prometido.
Mas será que a Matinta só aparece no interior? As jovens Maria de Belém e Oscarina Vasconcelos narram um fato curioso ocorrido aqui na cidade. Vamos ao fato:
"Corria certo ano da década de 1960. No Acampamento, próximo à rua Nova, os maoradores andavam inquietos. Todas as noites, após as 12 badaladas, ouviam-se assobios estridentes de Matinta Perera. Procuravam por toda parte e nada do incômodo pássaro.
Os assobios continuaram até o dia em que certa dona de casa mais o proprietário da sede onde funciona o clube Estrela Negra resolveram esclarecer o mistério e tirar tudo a limpo.
Consultaram pessoa entendida e, certa noite após os preparativos exigidos, de posse de uma tesoura virgem, uma chave e um terço, colocaram o plno em prática.
Cerca de meia-noite abriram a tesoura, enterraram-na no quintal, no meio desta, a chave e por cima o terço. Após tal ritual, fizeram diversas orações e esperaram dentro de casa.
Lá pelas 4 horas, ouviram o formidável ronco de um porco, que se debatia no quintal, próximo à tesoura e acessórios. Mas, apesar dos roncos de porco, ninguém quis olhar o que era. Apesar da Matinta Perera estar "presa" pela "fórmula" colocada no quintal, ninguém devia ver, até o momento da transformação.
Ao amanhecer, logo após às 6 horas, todos correram ao local. No quintal, no meio da lama, bastante suja, estva uma mulher, que não consehuia afastar-se do lugar. Seguraram a mulher, desenterraram a tesoura, tiraram a chave e o terço e, após isto, chamaram guardas-civis a quem entregaram a mulher.
Esta foi levada para o Posto Policial da Pedreira, acompanhada de um grande número de pessoas.
E, ao responsável pelo Posto, foi feita a terrível acusação: ela "vira" Matinta Perera!
Ouvida, a mulher disse não ter parentes e morar no bairro do Jurunas e não saber do que a acusavam. E, como não é configurado como crime "virar" Matinta Perera, após a turba haver se desfeito, soltaram a mulher que seguiu seu rumo.
Apenas no acampamento, à noite, continuavam a ouvir os assobios estridentes da Matinta Perera ... Diziam os mais crentes:
-É ela, a desgraçada. Está se vingando do que lhe fizemos ...!

Fonte: Revista Ver-o-Pará. Lendas e Mitos da Amazônia - Walcir Monteiro
Imagem: Criada pelo prof. de Artes, Edson Paixão para o cenário da Semana do Folclore da Escola Sílvio Nascimento

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Culminância da Semana do Folclore

Como sabem, estou na biblioteca da escola municipal em que trabalho. Desenvolvemos para a Semana do Folclore uma atividade sobre as lendas amazônicas com os alunos do CII- 1º e 2º ano. Desenvolvemos atividades com várias lendas e escolhemos uma para a culminância das atividades, que foi a lenda da Matinta Perera. Como todos sabem, essa lenda possui várias versões e existe uma bem legal que é a Matinta do Acampamento, narrada pelas jovens Maria de Belém e Oscarina Vasconcelos ocorrido aqui na cidade de Belém. Escolhemos essa.

Ensaiamos e apresentamos com as crianças a dramatização e a coreografia dessa lenda com a música do Mosaico de Ravena "Matinta Perera". Foi uma apresentação superlegal. Vejam as fotos e, na outra postagem, a lenda do Matinta do acampamento.  

Fifiuuuuuuuuuuu...

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quarta-feira, 1 de setembro de 2010

O menino que não gostava de ler

Muito interessante esta história criada por alunos de uma escola em Portugal. Muito bom para se trabalhar o tema, a linguagem e até deixa um gancho para uma próxima produção "Era uma vez um menino que gostava de ler". Vale a pena conferir.

sábado, 28 de agosto de 2010

A língua que se esconde "Por trás das letras"

A tradição pedagógica, qualquer que seja seu enfoque ou discurso, reduziu sempre a alfabetização ao mero aprendizado do sistema alfabético. Já na década de trinta, há mais de meio século portanto, Vygotsky questionava este empobrecimento ao dizer que “ensina-se as crianças a desenhar letras e a construir palavras com elas, mas não se ensina a linguagem escrita”.
Quatro décadas se passaram antes que a psicogênese da língua escrita nos permitisse desvendar o processo pelo qual as crianças chegam a dominar o funcionamento do sistema alfabético. Só então foi possível perceber que, centrados no detalhe, deixávamos de ensinar o fundamental: a língua que se esconde por trás das letras, aquela que se escreve.
Se o objetivo é que o aluno aprenda a base alfabética e algumas convenções ortográficas, então as palavras soltas e as frases sem nexo podem continuar sendo usadas. Mas se o que se quer é que ele chegue a redigir textos, interpretar textos, aprender com os textos e até se divertir com eles, então é preciso redefinir o conteúdo da alfabetização.

Telma Weisz, vídeo e texto impresso Por trás das letras, FDE/SEE – SP.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Chapeuzinho Vermelho X ortografia

Contos de fada nunca são demais e as crianças adoram! Usamos o tema em diversas séries e, a cada atividade que realizamos com esses contos, (re)descobrimos um fato novo que podemos explorar em nossas aulas. Nesta postagem, temos o conto da Chapeuzinho Vermelho, adaptado pela professora Janaína, numa atividade de ortografia. Estarei postando mais atividades a partir de contos de fadas. Aguardem!!!

Atividade de ortografia com lendas

Como estamos no mês do folclore nada melhor criar "aquele clima" e contar algumas lendas para as crianças. Com certeza, elas irão amar e vão ficar motivadas para realizar as atividades propostas a partir das histórias contadas. Trago aqui duas lendas: a do Lobisômen e a da Vitória-Régia para trabalhar a questão da ortografia. 

domingo, 22 de agosto de 2010

Slides de lendas da Amazônia

Essas são as lendas que estamos trabalhando para a Semana do Folclore na escola. Preparei este slide para compartilhar com vocês:

Campeonato da Palavra

Olá, pessoal, estou voltando com algumas novidades que estamos realizando em minha escola. Desde o início do ano estou trabalhando na biblioteca em uma das escolas em que trabalho e, lá tenho tido a oportunidade de realizar algumas atividades que nunca tinha tido tempo de pô-las em prática. Uma delas gostaria de compartilhar com vocês, que é o Campeonato da Palavra, já realizamos a 1ª etapa em junho. A 2ª e a 3ª etapa será agora em agosto. Eis o regulamento:

I Campeonato da Palavra
Objetivos:
-Incentivar a escrita correta das palavras da Língua Portuguesa;
-Despertar o interesse pela língua portuguesa e aumentar o vocabulário de nossos alunos.

Regulamento

1. O 1º Campeonato da Palavra destina-se aos alunos do CII- 2º ano.
2. Os alunos inscritos no Campeonato serão orientados durante todo o período do concurso com oficinas de ortografia portuguesa, na BE, no seu turno de estudo, com a auxiliar de biblioteca.
3. O Campeonato consistirá em 3 etapas, sendo que na:
3.1 - 1ª etapa: constará exercícios de completar lacunas e marcar a resposta certa;
3.2 - 2ª etapa: será realizado um ditado de 20 palavras;
3.3 - 3ª etapa (etapa final): soletrando palavras.
4. Passarão para a 2ª etapa os melhores alunos, ou seja, aqueles que não ultrapassarem cinco erros.
5. Passarão para a etapa final os alunos que não ultrapassarem 50% de erros no ditado.
6. A etapa final realizar-se-á na Semana do estudante e do folclore, em agosto de 2010 e seguirá os moldes do “Soletrando”.
7. As palavras da 1ª etapa serão selecionadas pelos professores da BE, tendo como base o livro lido pelos alunos “Anacleto”, de Bartolomeu Campos de Queirós”” e palavras com dificuldades ortográficas, levando em consideração a reforma ortográfica da Língua Portuguesa.
8. Na 2ª e 3ª etapa, as palavras serão selecionadas pelos professores da BE e sorteadas no dia da prova.
9. Todas as palavras selecionadas estarão de acordo com o vocabulário dos alunos, mas terão alguma dificuldade ortográfica.
10. Quanto os critérios de correção:
-1ª etapa: serão corrigidos os testes com letra legível e haverá somente uma resposta certa, caso contrário, a questão será anulada.
-2ª etapa: emprego correto da letra maiúscula nos substantivos próprios, acentuação correta e escrita correta das palavras;
- Etapa final: acentuação e soletração correta das palavras.
11. Na etapa final, os alunos poderão solicitar ajuda dos professores nos seguintes aspectos, em relação à palavras a ser soletrada:
- sinônimo
- classificação gramatical
- aplicação da palavra em uma frase
12. Calendário da olimpíada:
- 24 a 28 de maio/2010: inscrições
- 31/05 a 18/06: leitura do livro, orientações e oficina
- 21/06 a 25/06: 1ª fase
-02/08 a 13/08: orientações e oficinas
-16/08 a 20/08: 2ª etapa
- 31/08:etapa final
13. Terão direitos a prêmios o: 1º, 2º e 3º lugar .

sábado, 26 de junho de 2010

Sítio do PicaPau

Só agora estou podendo postar a atividade teatral que fiz durante a "Semana do livro". Como vocês viram já postado, adaptei o I capítulo do livro As Reinações de narizinho vol. I, de Monteiro Lobato, para ser dramatizado pelas crianças. Tive a ajuda da profa. da Sala de Leitura nos ensaios e do prof. de Artes na sonoplastia. Ficou maravilhoso!



No final da dramatização, fizemos uma coreografia da música de Baby Consuelo "Emília, Emília", na qual todos dançaram junto com outras Emília.



sábado, 20 de março de 2010

Outra versão da pílula falante

Este texto parece ser bem menor para as crianças decorarem as falas. É a mesma histórias, com algumas passagens iguais, mas bem mais resumida.

A Pílula falante

(Cenário de sítio)

Narrador: Numa casinha branca, lá no Sítio do Picapau Amarelo, mora uma senhora de mais de sessenta anos. Chama-se Dona Benta. Quem passa pela estrada e a vê na varanda, de cestinha de costura ao colo e óculos de ouro na ponta do nariz, pensa que ela é uma velhinha só e triste

(Música do sítio. Entra Dona Benta e senta-se numa cadeira de balanço, e começa a tricotar feliz, suspirando feliz)

Mas engana-se. Dona Benta é a mais feliz das vovós, porque vive em companhia de pessoas maravilhosas. Junto com ela mora Tia Nastácia, que adora fazer bolinhos de chuva.

(Entra tia Nastácia com uma panela)

D. Benta: Hum! Que cheiro bom é este! O que você está fazendo?

Tia Nastácia: Estou preparando alguns bolinhos de chuva.

D. Benta: Ai que delícia!

Narrador: No sítio mora também a mais encantadora das netas - Lúcia, a menina do narizinho arrebitado, ou Narizinho como todos dizem. Narizinho tem sete anos, é morena como jambo e vive no mundo das fantasias. Não desgruda de sua boneca Emília, feita de pano por Tia Nastácia.

(Musica da Narizinho. Entra Narizinho arrastando a boneca, que vem toda desengonçada e vai em direção da D. Benta),

Narizinho: Vovó, queria tanto que Emília falasse como nós, para ter com quem conversar.

D. Benta: Há, haha, ela é apenas uma boneca, não tem como falar.

Narizinho: Tem sim, a senhora vai ver como eu vou encontrar a cura para Emília!

­­­

(Dá um beijo na vovó e na Nastácia e sai. D. Benta e Tia Nastácia saem atrás rindo, balançando a cabeça)

Narrador: Além da boneca, o outro encanto da menina é o ribeirão que passa pelos fundos do pomar. Todas as tardes Narizinho toma a boneca e vai passear à beira d’água, onde se senta na raiz dum velho ingazeiro para dar farelo de pão aos lambaris.

(Narizinho chega no ribeirão e senta com a boneca ao p[e de uma árvore e começa a jogar farelo de pão aos peixes)

Não há peixe do rio que a não conheça; assim que ela aparece, todos acodem numa grande faminteza. E nesse divertimento leva a menina horas, até que Tia Anastácia apareça no portão do pomar e grite na sua voz sossegada:

Tia Nastácia: Narizinho, vovó está chamando!...

Narrador: Uma vez, depois de dar comida aos peixinhos, Narizinho sentiu os olhos pesados de sono. Deitou-se na grama com a boneca no braço e ficou olhando as nuvens que passavam pelo céu,. E já estava quase dormindo quando, de repente, viu um peixinho e um besouro conversando e olhando para seu nariz.

Mestre Cascudo: Que novidade traz Vossa alteza por aqui, Príncipe?

Príncipe Escamado: Vim respirar bons ares por aqui, mas encontrei este morro que me parece muito estranho. ( e começa a cutucar o nariz de narizinho e ela começa a espirrar)

(Narizinho espirra e os dois caem para trás assustados. Mestre Cascudo levanta-se, com muito medo, limpando a roupa. Narizinho também levanta-se assustada)

Narizinho: quem são vocês?

Príncipe escamado: Eu sou o príncipe Escamado, o rei do reino das Águas Claras!

(O peixinho saudou respeitosamente )

Mestre Cascudo: E eu sou o Mestre Cascudo, mas não fique brava, não que já estou indo embora

Narrador: E lá se foi Mestre cascudo, zumbindo que nem um avião. O peixinho, porém, que era muito valente, permaneceu firme e até fez amizade com Narizinho.

Narizinho: E eu sou Narizinho, a menina que todos os dias vem dar comida a vocês. Não me reconhece? Esta senhora aqui é a minha amiga Emília. Estou a procura de um bom doutor que a cure de sua mudez.

Príncipe escamado: Há um excelente doutor na corte, o doutor Caramujo. Emprega umas pílulas que curam todas as doenças. Tenho a certeza de que o doutor Caramujo põe a senhora Emília a falar pelos cotovelos. Irei lá no meu reino e trarei o doutor aqui.

(Príncipe escamado sai e Narizinho fica esperando sentada no chão. Príncipe Escamado aparece trazendo o Dr. Caramujo)

Dr. Caramujo: Qal é o problema da menina?

Narizinho: Narizinho: Ah, doutor, a pobre é muda de nascença. O senhor pode fazê-la falar?

Narrador: Dr. Caramujo remexe suas coisas e tira de lá uma pílula.

Dr. Caramujo: aqui está o remédio que irá curar a senhora Emília: a pílula falante! Venha sra. Emília, engula esta pílula.

Narrador: Veio a boneca. O doutor escolheu uma pílula falante e pôs-lhe na boca.

Narizinho: Engula duma vez, Emília, e não faça careta, assim ó!

Narrador: Emília engoliu a pílula, muito bem engolida e Narizinho a colocou numa caixa de costura e foi conversar com o dr. Quando de repente, Emília começou a sair da caixa e começou a falar no mesmo instante.

(Música da Emília. A boneca começa a sair da caixa, bem devagar)

Narizinho: Olhem, vejam ela quer falar alguma coisa!

(Emília fica testando a voz e Narizinho da um leve tapa nas suas costas)

Narizinho: Fala Emília, fala Emília, fala!

Emília: : “Estou com um horrível gosto de sapo na boca

Narrador: Depois disso Emília falou, falou, falou mais de uma hora sem parar. Falou tanto que Narizinho, atordoada, disse ao doutor que era melhor fazê-la vomitar aquela pílula e engolir outra mais fraca.

Dr. Caramujo : Não é preciso. Ela que fale até cansar. Depois de algumas horas de falação, sossega e fica como toda gente. Isto é “fala recolhida”, que tem de ser botada para fora.

Emília: Mas que caras são essas? Quem são todos esses? Pra que tanta gente? Tem festa aqui hoje, é? E vocês? Sabem por que eles estão com essas caras de corujas azedas? Quem são vocês? Qual seu nome? E a sua idade? Você estuda? Tem que estudar pra ficar tão inteligente quanto eu! E você ai, gosta do Sítio?

Narrador: E assim foi. Emília falou três horas sem tomar fôlego. Por fim calou-se. Foi quando se ouviu a voz de Tia Nastácia chamando Narizinho e todos os personagens sumiram como que por encanto.

Tia Anastácia: Narizinho, vovó está chamando!...


(Dança da Emília)

A pílula falante


No dia 18 de Abril comemoramos o Dia Nacional do Livro Infantil, criado pela Lei n.º 10.402, de 08/01/2002. Essa data foi escolhida em homenagem ao nascimento de Monteiro Lobato. José Bento Monteiro Lobato, o mais importante escritor de literatura infantil do Brasil, nasceu em 18/04/1882, em Taubaté, São Paulo, e morreu em 04/07/1948. A comemoração do Dia Nacional do Livro Infantil, é uma ótima oportunidade para apresentar as histórias de Monteiro Lobato às crianças. Em seus textos infantis, o autor fez mais do que montar o universo do Sítio do Picapau Amarelo. "Ele escrevia da maneira como se fala", define Hilda Merz, ex-diretora do museu da Biblioteca Monteiro Lobato, em São Paulo.
Fonte: http://www.lendorelendogabi.com/contos/autores_monteiro_lobato.htm

Para este mometo adaptei o primeiro capítulo do livro reinações de Narizinho, vol. I, de Monteiro Lobato, para ser dramatizado pela crianças. Nos próximos dias estarei publicando algumas atividades que podem ser feitas para comemorar este importante dia.

A pílula falante

(Cenário de sítio)

Narrador: Numa casinha branca, lá no Sítio do Picapau Amarelo, mora uma senhora de mais de sessenta anos. Chama-se Dona Benta. Quem passa pela estrada e a vê na varanda, de cestinha de costura ao colo e óculos de ouro na ponta do nariz, pensa que ela é uma velhinha só e triste

(Música do sítio. Entra Dona Benta e senta-se numa cadeira de balanço, e começa a tricotar feliz, suspirando feliz)

Mas engana-se. Dona Benta é a mais feliz das vovós, porque vive em companhia de pessoas maravilhosas. Junto com ela mora Tia Nastácia, que adora fazer bolinhos de chuva.

(Entra tia Nastácia com uma panela)

D. Benta: Hum! Que cheiro bom é este! O que você está fazendo?

Tia Nastácia: Estou preparando alguns bolinhos de chuva.

D. Benta: Ai que delícia!

Narrador: No sítio mora também a mais encantadora das netas - Lúcia, a menina do narizinho arrebitado, ou Narizinho como todos dizem. Narizinho tem sete anos, é morena como jambo e vive no mundo das fantasias. Não desgruda de sua boneca Emília, feita de pano por Tia Nastácia.

(Musica da Narizinho. Entra Narizinho arrastando a boneca, que vem toda desengonçada e vai em direção da D. Benta),

Narizinho: Vovó, queria tanto que Emília falasse como nós, para ter com quem conversar.

D. Benta: Há, haha, ela é apenas uma boneca, não tem como falar.

Narizinho: Tem sim, a senhora vai ver como eu vou encontrar a cura para Emília!

­­­

(Dá um beijo na vovó e na Nastácia e sai. D. Benta e Tia Nastácia saem atrás rindo, balançando a cabeça)

Narrador: Além da boneca, o outro encanto da menina é o ribeirão que passa pelos fundos do pomar. Todas as tardes Narizinho toma a boneca e vai passear à beira d’água, onde se senta na raiz dum velho ingazeiro para dar farelo de pão aos lambaris.

(Narizinho chega no ribeirão e senta com a boneca ao p[e de uma árvore e começa a jogar farelo de pão aos peixes)

Não há peixe do rio que a não conheça; assim que ela aparece, todos acodem numa grande faminteza. E nesse divertimento leva a menina horas, até que Tia Anastácia apareça no portão do pomar e grite na sua voz sossegada:

Tia Nastácia: Narizinho, vovó está chamando!...

Narrador: Uma vez, depois de dar comida aos peixinhos, Narizinho sentiu os olhos pesados de sono. Deitou-se na grama com a boneca no braço e ficou olhando as nuvens que passavam pelo céu,. E já estava quase dormindo quando sentiu cócegas no rosto. Arregalou os olhos e viu um peixinho vestido de gente bem na ponta de seu nariz.

(Um peixinho com casão vermelho, cartola ou coroa na cabeça e guarda-chuva na mão entra e fica olhando para o nariz de Narizinho)

O peixinho olhava para o nariz de Narizinho sem entender nada do que vê. Narizinho já estava quase não agüentando quando, de repente, apareceu um besouro, mas um besouro também vestido de gente.

(Entra um besouro trajando sobrecasaca preta, óculos, chapéu e bengala que ao ver o peixinho cumprimenta-o tirando o chapéu respeitosamente )

Mestre Cascudo: Muito boas-tardes, Senhor Príncipe!

Príncipe Escamado: Viva, Mestre Cascudo!

Mestre Cascudo: Que novidade traz Vossa alteza por aqui, Príncipe?

Príncipe Escamado: Vim respirar bons ares por aqui, mas encontrei este morro que me parece muito estranho.

(Aponta com o guarda chuva o nariz de Narizinho)

Mestre Cascudo: Creio que é de mármore. (Abaixou-se, ajeitou os óculos e examinou o nariz de Narizinho) Não, muito mole para ser de mármore. Parece requeijão.

Príncipe Escamado: Muito moreno para ser requeijão. Parece rapadura.

(Mestre Cascudo passa o dedo no nariz da menina e prova, fazendo careta)

Mestre Cascudo: Eca, muito salgada para ser rapadura...

(O príncipe Escamado está examinado o interior do nariz de Narizinho)

Príncipe Escamado: Veja que belas tocas para uma família de besouros! Por que não se muda para aqui, mestre Cascudo? Sua esposa havia de gostar desta repartição de cômodos.

(Mestre Cascudo foi examinar as tocas, medindo a altura com a bengala)

Mestre Cascudo: Realmente, são ótimas . Só receio que more aqui dentro alguma fera peluda.

(E começou a cutucar no nariz da menina).

Mestre Cascudo: Hu! Hu! Sai fora, bicho imundo!...

Narrador: Não saiu fera nenhuma, mas como Narizinho estava morrendo de cócegas, o que saiu foi um formidável espirro — Atchim!... e os dois bichinhos, pegados de surpresa, reviraram de pernas para o ar, caindo um grande tombo no chão.

(Narizinho espirra e os dois caem para trás assustados. Mestre Cascudo levanta-se, com muito medo, limpando a roupa)

Mestre Cascudo: Eu não disse? É, sim, ninho de fera, e de fera espirradeira! Vou-me embora. Não quero negócios com essa gente. Até logo, príncipe!

(Vai embora zunindo que nem um avião)

Narrador: E lá se foi Mestre cascudo, zumbindo que nem um avião. O peixinho, porém, que era muito valente, permaneceu firme, cada vez mais intrigado com a tal montanha que continuava espirrando. Por fim a menina teve dó dele e resolveu esclarecer todo o mistério. Sentou-se e disse:

Narizinho: Não sou montanha nenhuma, peixinho. Sou Narizinho, a menina que todos os dias vem dar comida a vocês. Não me reconhece? Esta senhora aqui é a minha amiga Emília.

Príncipe Escamado: Era impossível reconhecê-la, menina. Vista de dentro d’água parece muito diferente...

(O peixinho saudou respeitosamente a boneca)

Narrador: O peixinho saudou respeitosamente a boneca, e em seguida apresentou-se como o príncipe Escamado, rei do reino das Águas Claras.

Narizinho: Príncipe e rei ao mesmo tempo! (batendo palmas) Que bom, que bom, que bom! Sempre tive vontade de conhecer um príncipe-rei.

Príncipe Escamado: Parece que dona Emília está emburrada.

Narizinho: Não é burro, não, príncipe. A pobre é muda de nascença. Ando à procura de um bom doutor que a cure.

Príncipe Escamado: Há um excelente doutor na corte, o doutor Caramujo. Emprega umas pílulas que curam todas as doenças. Tenho a certeza de que o doutor Caramujo põe a senhora Emília a falar pelos cotovelos.

Narrador: Conversaram longo tempo, e por fim o príncipe convidou Narizinho para uma visita ao seu reino e aproveitar consultar Emília com o Dr. Caramujo. E lá se foram os dois de braços dados, como velhos amigos. A boneca seguia atrás sem dizer palavra.

(Cenário de fundo do mar. Um sapo vestido de guarda dormindo na porta do palácio)

Narrador: Quando chegaram ao Reino das Águas Claras, Narizinho ficou maravilhada com tanta beleza. Logo na entrada havia um guarda que dormia um sono roncado. Esse guarda não passava de um sapão que tinha o posto de major do exército, recebia como ordenado cem moscas por dia para que ficasse ali sapeando o palácio. Mas tinha o vício de dormir fora de hora, por isso o príncipe ficou furioso com ele e pregou-lhe um valente pontapé na barriga dele para acordá-lo, mas antes Narizinho vestiu-lhe com roupas de mulher: uma saia, uma touca de dormir e o guarda-chuva do príncipe no lugar da lança.

(O sapo gemeu abrindo os olhos)

Sapo: Ai, ai, hum!

Príncipe Escamado: Bela coisa. Major! Dormindo como um porco e ainda por cima vestido de velha coroca! Que significa isto?

Narrador: O sapo, sem compreender coisa nenhuma, mirou-se num espelho que havia por ali. E botou a culpa no pobre espelho.

Sapo: É mentira dele, príncipe! Não acredite. Nunca fui assim...

Narizinho: Você de fato nunca foi assim. Mas, como dormiu durante o serviço, a fada do sono o virou em velha coroca. Bem feito...

Príncipe Escamado : E por castigo está condenado a engolir cem pedrinhas redondas, em vez das cem moscas do nosso trato.

Narrador: O triste sapo derrubou um grande beiço, indo, muito jururu, encorujar-se a um canto. Mal eles sabiam que o pobre coitado em vez de comer pedrinhas, ia comer eram as pílulas do Dr. Caramujo.

Narrador: Então, depois de uma grande festa, onde D. Aranha costurou um lindo vestido para Narizinho, ela foi com Emília ao consultório do Dr, Caramujo. Encontrou o sapo major no consultório do dr. Caramujo, que já estava preocupado com o sumiço de suas pílulas. Ele abriu com a faca a barriga do sapo e começou a tirar as pedrinhas, foi quando descobriu que não eram pedrinhas, mas sim suas pílulas

Dr. Caramujo: mas olhem só! Não são pedras, não! São as minhas queridas pílulas! Mas como teria ela ido parar na barriga deste sapo?...

Narrador: A alegria do doutor foi imensa. Como não soubesse curar sem aquelas pílulas, andava com medo de ser demitido de médico da corte.

Dr. Caramujo : Agora sim, podemos agora curar a senhora Emília. Venha sra. Emília, engula está pílula.

Narrador: Veio a boneca. O doutor escolheu uma pílula falante e pôs-lhe na boca.

Narizinho: Engula duma vez, Emília, e não faça careta, assim ó!

Narrador: Emília engoliu a pílula, muito bem engolida e Narizinho a colocou numa caixa de costura e foi conversar com o dr. Quando de repente, Emília começou a sair da caixa e começou a falar no mesmo instante.

(Música da Emília. A boneca começa a sair da caixa, bem devagar)

Narizinho: Olhem, vejam ela quer falar alguma coisa!

(Emília fica testando a voz e Narizinho da um leve tapa nas suas costas)

Narizinho: Fala Emília, fala Emília, fala!

Emília: : “Estou com um horrível gosto de sapo na boca

Narrador: Depois disso Emília falou, falou, falou mais de uma hora sem parar. Falou tanto que Narizinho, atordoada, disse ao doutor que era melhor fazê-la vomitar aquela pílula e engolir outra mais fraca.

Dr. Caramujo : Não é preciso. Ela que fale até cansar. Depois de algumas horas de falação, sossega e fica como toda gente. Isto é “fala recolhida”, que tem de ser botada para fora.

Emília: Mas que caras são essas? Quem são todos esses? Pra que tanta gente? Tem festa aqui hoje, é? E vocês? Sabem por que eles estão com essas caras de corujas azedas? Quem são vocês? Qual seu nome? E a sua idade? Você estuda? Tem que estudar pra ficar tão inteligente quanto eu! E você ai, gosta do Sítio?

Narrador: E assim foi. Emília falou três horas sem tomar fôlego. Por fim calou-se. Foi quando se ouviu a voz de Tia Nastácia chamando Narizinho e todos os personagens sumiram como que por encanto.

Tia Anastácia: Narizinho, vovó está chamando!...


Obs: No final da dramatização, será apresentada a dança da Emília, com a música de Baby Consuelo "Emília, a boneca gente" com as meninas caracterizadas de bonecas.